A história de Gideão é parecida com a história de muitos de nós. Muitos, quando chamados por Deus, se acham fracos, incapazes e limitados. De fato, é impossível para qualquer um de nós cumprir alguma missão de Deus na força do próprio braço ou na habilidade da inteligência.
A história não é cíclica como pensam algumas pessoas. Ainda que alguns acontecimentos pareçam se repetir, eles são únicos. Não existe sequer um momento que seja exatamente igual a outro. A história não se repete, mas é linear. Ela tem um início, um meio e um fim.
Jó disse essas palavras antes de conhecer o fim da sua história. Ele imaginava que havia esperança para a árvore, mas não havia esperança para ele. Jó se enganou, assim como muitos de nós nos enganamos. Quando estamos passando por momentos difíceis, achamos que Deus se esqueceu de nós e não se importa conosco. Pensamos que Ele está longe, quando, na verdade, Ele nunca se afastou de nós.
Como é fácil nos perdermos no caminho e nos afastarmos do Senhor. São tantos ídolos e atrações, tantas propostas e as distrações que disputam os nossos amores… O problema é que ninguém nos diz que o caminho fora de Deus e a vida longe do Senhor ferem o nosso coração. Só descobrimos as marcas doídas deixadas na nossa alma depois que já estamos muito longe do lugar em Deus de onde saímos.
Todos nós nos maravilhamos com o relato do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. De repente, os discípulos, que estavam escondidos no cômodo de uma casa, cheios de medo e apreensão, receberam poder para testemunhar as boas novas e realizar milagres no nome de Jesus.
Você consegue reconhecer o quanto a sua visão do mundo e das coisas de Deus é limitada? Quando achamos que temos todas as respostas e conhecemos todos os caminhos, Deus nos leva a perceber que ainda não sabemos de fato como deveríamos saber. Aquele caminho que parecia tão promissor, de repente, se mostra um fracasso. Aquela pessoa que imaginávamos tão “insignificante”, de repente, se revela um gigante.
A visão que o profeta Ezequiel teve, dessas águas que saíam do templo, apontava para o futuro, quando o Reino de Deus viesse a se estabelecer na terra. Anos depois da morte de Ezequiel, o futuro chegou, essa visão se cumpriu e o Reino de Deus começou a ser estabelecido na terra a partir da vida, morte e ressurreição de Jesus. Jesus inaugurou um novo tempo, derramando o Espírito Santo e dando poder aos seus discípulos para pregar o evangelho e realizar sinais, prodígios e maravilhas.
A Bíblia nos ensina que Jesus venceu o pecado, o diabo e a morte por meio do seu sacrifício na cruz do calvário. Essa estratégia de guerra, se entregar para vencer, é vista como um escândalo e uma loucura, pois, em geral, pensamos que a vitória é conquistada pelo uso do dinheiro, da força e da violência. Porque não entendemos os caminhos e a mente de Deus, não imaginamos a possibilidade de existir qualquer tipo de poder na fraqueza e no sacrifício. Como somos limitados em nosso entendimento das coisas de Deus…
O salmista reconhecia que o mundo era um lugar instável e hostil, repleto de guerras, animais selvagens, enfermidades, crises e maldades. Precisamos concordar com ele. Ao mesmo tempo em que nos sentimos seguros, percebemos também que estamos desprotegidos. Quem nos garante proteção contra as crises? As oscilações na economia? As instabilidades dos governos? Os problemas familiares? As enfermidades do corpo? As fragilidades da alma? Nenhum de nós é capaz de construir fortalezas impenetráveis. Sempre haverá brechas, fraquezas e falhas em nossos sistemas de proteção.
Algumas pessoas, sem perceber, têm abraçado a heresia e aceitado a mentira de que é possível ser crente e não congregar. Biblicamente, é impossível ser cristão e não estar ligado ao Corpo de Cristo. Não há como ser parte do povo de Deus e não ter a alegria de estar junto com o povo de Deus nas celebrações da igreja. O povo de Israel sabia que a sua identidade estava ligada à adoração ao Senhor no Templo em Jerusalém. Por isso, as pessoas se alegravam quando tinham a oportunidade de saírem das suas casas, aldeias, vilas, cidades e regiões a fim de se juntarem ao restante do povo no Templo.